Liga Zona Norte: de brincadeira para referência
Por João Alfredo
O que hoje é tido como o maior exemplo no mercado, começou como uma desculpa para não passar o final de semana em casa. Para entender melhor, precisamos voltar ao ano de 2008, quando Thiago Alzer teve a ideia de criar uma liga de futsal para que seus amigos pudessem jogar durante o final de semana.
Durante esses primeiros dois anos, os torneios realizados na clube Caeté, no bairro de Todos os Santos, Zona Norte da cidade, contavam apenas com pessoas que moravam pela área ou por conhecidos de Thiago. Era algo extremamente amador. Contudo, a semente para o "algo maior" já estava plantada. Já em meados de 2010, ele resolveu fazer a mudança que transformou seu pequeno passatempo num verdadeiro trabalho.
Thiago, ou "Belera" para os mais íntimos, resolveu abandonar a quadra e apostou em outro terreno: o society. Foi uma manobra arriscada, mas ao perceber que a primeira opção já estava entrando em decadência, graças a própria situação do esporte no estado, acabou sendo a escolha certa.
"O próprio futsal está passando por um momento muito ruim, então foi melhor passar para aquilo que teria mais chances de dar certo no futuro", afirmou.
Usando alguns contatos, ele conseguiu transportar seu público para a Praça Manet, no Cachambi, e passou a chamar a competição de Liga Zona Norte (LZN). "A Manet foi uma verdadeira benção, era o que faltava. Toda entidade tem um local pra chamar 'seu', então posso bater no peito e falar que também temos". Mesmo com uma boa estrutura, a competição ainda estava tomando forma. Apenas 16 times disputaram a primeira edição da LZN, número insignificante se compararmos ao de hoje.
Seis anos depois, a Liga Zona Norte não conta só com apenas um divisão. Agora, são cinco divisões, com 120 times divididos entre
Elite e Quarta. Isso sem mencionar as divisões de base. Desde o semestre passado, a liga já estava contando com o Sub-20, e a partir de agosto, passou a conduzir o Sub-17, expandindo cada vez mais o seu público. Com a ajuda de patrocinadores, tudo mudou. Por exemplo, a Penalty é a encarregada de oferecer as bolas, mostrando que o amadorismo ficou para trás.
Outro ponto importantíssimo, foi a chegada de alguns dos melhores árbitros do cenário carioca. Para ilustrar melhor, Marcelo de Lima Henrique, árbitro FIFA, já esteve na escala de arbitragem. Porém, mesmo com todo esse crescimento, algo ainda estava faltando, e em 2015, nas competições do primeiro semestre, Thiago apagou qualquer dúvida sobre quem era o melhor no mercado, passando a premiar os vencedores e segundos colocados de cada divisão com dinheiro.
Sem dúvidas, o mais impressionante é como ele toca esse negócio. A liga possui uma página no Facebook com mais de 11 mil curtidas e um perfil no instagram com quase mil seguidores. E, tudo isso não é feito com uma super equipe. Na verdade, somando repórteres, delegados de partida e fotógrafos, temos, exatamente, doze pessoas trabalhando na frente e por trás das câmeras, mostrando que além de ter uma visão ótima para negócios, Thiago ainda possui um ótimo olho para contratar. Além dos próprios torneios, a liga ainda é a representante em diversos eventos, como em jogos universitários e comemorações especiais.
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